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sábado, 9 de outubro de 2010
O Vaso Vazio
Vagando
Porque oscilo em tudo e tanto
Alma perdida
Desleixada
Desvairada
Esvaída.
Porque descrente
De tudo que se busca
Inutilmente
Muito ofusca
O olhar dormente
Já nada incrusta
À mente
Doída
Alheia
Rendida.
Vagando
Porque renego toda certeza
Repleta
De aspereza
Incompleta.
Porque de tudo
O que fica
É mesmo a procura
E nenhuma cura
Me virá abrandar
A tortura constante
De nada encontrar.
E de tudo que desisto
Só não deixo de pensar
Onde me irá levar
Esse tormento
De ser
(vadio intento)
racional?
Oscilando em tanto instante
Que já não firmo
Nem penso idéia
E um qualquer colibri
Cruza um céu não longe
Vem me dizer
A boca só fala
Do que está cheio o coração:
Emudeci.
Dois mil passos no mesmo rumo
Toda velocidade é lenta
Chove, sopra, chove...
E a possibilidade me atormenta.
(É a possibilidade
Que atormenta.)
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5 comentários:
Gostei do poema, gostei mais do conteudo entre parenteses, muito bom!
Li seu comentário no asas, fico lisonjeado.
Afinal, vc é uma escritora.
Meus parabéns!
Bom feriado, divirta-se.
Olá, ótimo isso!! Muito, muito bom! Obrigado por sua visita.
Beijo,
nossa perfeito. voce ja ouviu falar em uma poetisa chamada angela lara? acho que voce vai gostar. porque tambem gosto do estilo solto que voce usou as palavras como se elas pulassem na sua mente de repente. repleto de emoção. ela escreve assim tambem. ass romualdo
"Porque de tudo
O que fica
É mesmo a procura
E nenhuma cura
Me virá abrandar
A tortura constante
De nada encontrar."
-Essa parte do poema foi uma das que mais gostei, ao ler me deu uma agradável sensação pois me vi nessas palavras, mas todo o poema é maravilhoso.
Você tem muito talento ;)
Parabéns.
Boa Tarde =D
Gosto muito de flores,algures por aí, vi este Lírio do Vale,e segui o até aqui,e aqui vejo um vaso que não está vazio,está sim cheio de poesia.
Se não se importar vou seguir o lírio do vale.
deixo meus cumprimentos
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