Total de visualizações de página

domingo, 20 de novembro de 2011

.







" esse silêncio todo me atordoa
atordoado eu permaneço atento
na arquibancada pra a qualquer momento
ver emergir o monstro da lagoa"
















Um silêncio vazio de destinos indesejados, é o que pesa nessas paredes. De sonhos abandonados,por todas as idades agrupadas aqui. De outra parte, sentimentos adoecidos. E dos sonhos que não se pode viver, pros mais jovens. E peço que me perdoe quando já não creio em quase nada. Viver de futuro pode ser uma armadilha ainda pior que viver de passado. Mas a insatisfação com o presente sempre arruma uma ou outra coisa pra se entreter. A esperança não é confiável; algumas vezes é o fio de sobrevivência. Outras, o caminho do desespero. A quietude do vento congela essa tarde quente com o peso de algo contra o qual é inútil se debater. Os dias chegam e passam um a um, todos iguais. E é da natureza humana que seja isso uma das coisas mais difíceis de suportar. Crianças, velhos, todos, não há quem submeta-se facilmente à repetição dos dias indefinidamente, que nos entrega à poeira do tempo, nos fazendo esquecer a capacidade de vida, de transformação, e porque não dizer o dom de destino que há em nós, mas que é tão difícil de conduzir, levando quase sempre à desistência de si mesmo, ao envelhecer precoce dos sonhos, alguns perdidos talvez para sempre.







"você
precisa aprender o que eu sei
e o que eu não sei mais
e o que eu não sei mais..."












.

Nenhum comentário: