Total de visualizações de página

segunda-feira, 2 de abril de 2012

.





paralelismos inconscientes.
ou não.
a-ponte
os post-es
a gente.

no meio do caminho tem uma ponte.







.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

.











E i ricordi si confondono, là dove non vorrei
Le memorie poi s'increspano e non so più chi sei...








.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

.






Gaiola aberta.
Aberta a janela.
O pássaro desperta.
A vida é bela.

A vida é bela.
A vida é boa.

Voa, pássaro, voa.




(Sidônio Muralha)







um poema que me lembra minha infância, perdido entre algum livro de português de primeira ou segunda série....
.






invertendo os valores tudo agora tem sentido:
dor precisa de motivo, felicidade não.


*
*
*








percebe que pessoas mesquinhas se preocupam muito mais com quem de pouco precisa, do que com quem realmente tem... isso acontece por uma razão simples: os que precisam de pouco serão vistos felizes por mais vezes.







.

domingo, 22 de janeiro de 2012

.





quando você procura alguém em uma pessoa
e percebe q ela não está mais lá...

eu não estou dizendo que é algo errado, só sei q é longe de mim.






.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

.




às vezes, só às vezes, é tudo tão difícil...









.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

.












"In the night, the stormy night
She'll close her eyes
In the night
The stormy night
Away she'd fly"









.

domingo, 25 de dezembro de 2011

.







E quando chove assim, de fininho, o vento às vezes traz lembranças que atravessam anos em segundos, e de repente tantas coisas imaginárias além dos quilômetros foram espalhadas entre nós, desaparecem e eu não consigo pensar em muitas coisas além da vontade de te dizer, que a gente não podia ter se afastado tanto, Lalinha, porque eu nunca soube o que fazer com esse espaço imenso que você deixou vago na minha vida. Nada mais é fácil quando a infância se vai.











.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

.






era espelho,
e se quebrou.


e a quebra me libertou,de vez. E me descubro, talvez até maior, ou não...mas, de qualquer forma, leve. Não é perigoso estar errado. o perigo maior consiste em quando as pessoas conseguem te convencer de que você está.














.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

.














Devia ter uns 35 anos. Ou talvez sua expressão de profunda irritação ao me ver seria ainda maior se viesse a saber que lhe atribuí tal idade. Fato é que era bonita, talvez mais altiva que bonita. Não que sempre fosse notada mas de alguma forma, não passava despercebida. Tinha algo de arrancado pelo tempo, embora um orgulho teimoso fosse o que tornava seus olhos grandes tão bonitos. Os cabelos tingidos de preto, muito cacheados, eram secos e amarrados de qualquer forma. Não sei que espécie de critério as pessoas dessa cidade utilizam para selecionar as pessoas com quem falam, só sei que eu certamente não estava entre as suas. Sua expressão impaciente piorava ainda mais ao esbarrar na minha presença pela calçada, mãos dadas com meu filho. Mas a contrariedade de ser assim uma vizinha tão gratuitamente chateante a ela não era o bastante para me fazer retribuir-lhe a antipatia, antes, dispensava insistentemente uma curiosidade inquietante.

Quando passava por alguém, inicialmente baixava a vista como tentando discretamente reparar na sua própria aparência, e a partir disso sentia-se pior ou melhor, a depender da conclusão. E só então levantava o rosto com a mesma altivez e o brilho do orgulho que combina tão bem com olhos negros e que não é defeito, nem qualidade, é apenas adorno nas mulheres de olhos negros.

Era dessas pessoas que passam a vida entre os sonhos e as amarguras que deles nascem diretamente, dessas que não exitam nos seus ímpetos, e depois levam a vida a se punir e a tentar aceitar a contragosto que a mesquinharia da cidade estava mesmo certa: voltam-se contra si mesmas quando apesar de não desistirem, já não tentam mais.

As crianças eram três, uma delas eu vi mais vezes, magrinha, cabelo curtinho, expressão de bichinho assustado. A casa, sempre fechada, janelas e portas, era feia e escura como talvez o que sobrou dos seus impulsos mais apaixonantes. A música sempre alta como que para entrar na cabeça à força, fazendo-a esquecer o tumulto da própria mente.

Mas o som não abafava o choro das crianças, que por serem a parte fraca de tudo que não deu certo, recebiam a materialização da frustração e do ódio: pancadas. Nos momentos de vasão aos monstros interiores, é assustadora a natureza humana. É quando se materializam todos os pensamentos que dia-a-dia trabalham na expressão do rosto cada vez mais contraído, sendo todos de uma vez só. E eu só podia ouvir a tristeza daquelas três crianças, por tão pouco saberem da vida além do que é errado, feio, triste e dorido. Na sua condição de criança que não experimentou muitas belezas e alegrias, talvez não seja possível dimensionar a sua própira infelicidade. Mas um dia quando adulta, aquela menininha magrinha com expressão de bichinho assustado não vai saber explicar que tipo de coisas moldaram mais o seu rosto do que a própria genética, para fazê-la tão impotente e incapaz diante da vida escura e assustadora.

Essa manhã o pai das crianças chegou com aquele caminhão muito velho, seu único instrumento de trabalho. Pôs pra cima todas as caixas mal arrumadas, os móveis velhos, com criança e tudo. Mas eu vi a mulher dos olhos negros abrir a porta emperrada com suas próprias forças, e subir por sua própria vontade na ferrugem que arrastaria outra vez os seus sonhos destruídos.








.

sábado, 10 de dezembro de 2011

.















"Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a tv
Sei que existe alguma coisa incomodando você
Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
E saiba que te amo..."















.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

.
















Especialista em decepcionar pessoas.
eu desisto.
de mim? nunca mais.
Desisto ainda mais de ficar me perguntado o porquê desse estranho dom.

É pedir muito menos expectativas a quem chega? seria mais fácil.
Serei eu algo de tão imensamente aberrante e escandaloso? acho que não mesmo. Muito longe de ser alguém "extravagante" antes, sou mesmo "extra-vagante".


Se quer saber, me acompanhe se puder. Eu percorri muitos caminhos até aceitar que o erro não tá em mim. nessa vida só fica quem tem que ficar. Quem pode aceitar, que eu sempre vou seguir a linha pra no fim dela virar do avesso. E a minha sina é ser quase só, enquanto eu só encontrar quem tente me julgar ou entender.

Eu não gosto de joguinhos. Eu às vezes encho o saco tão de tudo. Talvez eu tenha mesmo gosto por sempre decepcionar um pouquinho, ou apenas eu não tenha paciência por seguir linhas de raciocínio: um sincero tédio de qualquer ideia que não transige.

Porque eu vou negar toda futilidade e em seguida subir no maior salto.
Eu vou pregar toda a natureza e em seguida esticar e pintar o cabelo.
E tirar a roupa quando menos se espera.
Ou me estender por anos em amores líricos e lânguidos.
Eu vou cultivar toda tristeza e no outro dia cuspir "mas que grande babaquice".
E eu sempre vou achar piegas todas coisinhas de amor, e de repente me jogar de vez.
Até que um dia alguém não se sinta inseguro por não conseguir me enquadrar em qualquer moldura.
Eu podia ser melhor sim. Pra quê? E o que é ser melhor pra você?

Eu não quero ser frágil...E muitas vezes vou ser como ninguém.
Eu sou do jeito que tiver afim de ser, e dane-se tudo.

Porque eu já entendi que não há o que entender. Toda idiotice nasce disso, das pessoas quererem ser qualquer coisa traduzível, definível, imitam as coisas sem perceberem, esse é o mundo material, com pessoas materiais. E eu não sou dele.

Eu não tenho estilo. Não tenho maturidade. O que é maturidade pra você? Descrer? Emburrecer? Calar? Baixar a cabeça? quem te fez acreditar em tantas bobagens, quem é o bobo aqui? Eu não tenho personalidade. Opiniões estão, não são.

Eu já passei por isso antes e quer saber, não tenho paciência. Eu levei tempo pra perceber que o erro não era meu. Pretensão? que seja. Ouso sim dizer que já pude ver que a beleza das coisas, de verdade, mora apenas na liberdade.

E é só isso que eu persigo, e é só disso que eu preciso, todo o tempo.

E se quer saber, eu não tenho obrigação de ser sempre triste. Quantas amizades 'darks' se foram porque um belo dia eu acordava feliz e idiota e as pessoas sempre tentando me prender a qualquer coisa.

E dos infelizes eu fui a mais triste, e dos contentes eu fui a mais exaltada, e das santas eu fui canonizada, e das mártires eu fui a crucificada, e das putas eu fui a mais louca.

Eu não tenho obrigação de estar sempre certa. Eu não tenho obrigação de sempre ter bom-senso. moderação. Nem de limitar os meus anseios quando tudo é lindo e eu nem tô aí se alguém mais pode alcançar isso.

Eu vou mandar se foder sem motivo e vou morrer de amar qualquer dia de manhã, pessoas que eu nem sabia amar tanto mas que estão 'a cara' daquele dia.

mas nem mesmo sei se é possível ter um amigo ou amiga e dizer te amo tanto sem que não pense que você quer comê-lo ou comê-la. eu não tenho um amor, nem to procurando, pode ser? afão.

É só mais um dia de tudo-se-foda. Gente que chega e vai rápido demais, que se acha no direito de julgar por mínimas idiotices, disse-me-disses. quanta mediocridade.
mas quem tem que ficar, fica.

A minha natureza é livre, independente, mas violenta e crua. E dessa imensidão não abdico nunca mais.

A mudança é a lei que prevalece. Liberdade: é disso que eu sou feita. Ilimitações de espaço, laço, intensidade, tempo e dimensão: alforria da razão.

E eu não aceito ser menos do que sou.








.

sábado, 3 de dezembro de 2011

.





There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be














.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

.









tua tristeza inconfessa

é do tamanho

do que seria

tua alegria: avessa.







.

domingo, 27 de novembro de 2011

Das Cores

Quando as palavras são brancas eu sinto que meus pés saem do chão. E o meu corpo flutua e já não tem qualquer peso, e existe uma certeza muda, e há paz por toda parte. Quando as palavras são prata sempre lembro a lua cheia. E das noites que passo na varanda vagando com ela entre o relento e Mozart. E há um silêncio suspenso entre faces que flutuam, algumas até pouco lembro, e tantas llenas passaram desde que falávamos sobre ela, ainda que nunca mais se tenha saído à noite, ou dirigido à janela uma pausa de pensamento nas noites mais claras.

Quando as palavras são lilases vejo bolhas também lilases escaparem dos baús trazendo sorrisos de infância, bonecas costuradas com cheiro de naftalina, nesses tempo em que me ensinavam que podia ser mais belo o dizer sem nada falar. E ainda que nessa miríade de lilases tentem surgir tons de cinza, eu sei que muito maiores serão sempre as bolhas lilases e nenhuma mácula poderia me fazer desejar esquecer esses dias de riso leve.

Quando as palavras são laranja...houve um tempo em que tive um apego especial por essa cor. Éramos duas confusas, por mais que tentássemos demonstrar somente alegria. Não conseguíamos ser amarelo. Porque as palavras amarelas não consigo dizê-las bem, estão sempre passando como manchas, reluzindo e findando infinitamente e os meus olhos cegam antes que as consiga fixar ou tocar.

E eu ainda tinha sonhos de faces rosadas e cadernos guardavam um mundo só meu, com todas as palavras cor-de-rosa que emudeciam e acabavam a escorrer pelos dedos...Mas algumas as pessoas deram por achar que havia algo errado com as minhas cores e, por fim, acabaram me convencendo disso também. E assim as palavras vermelhas chegavam. Ocas, secas, poucas. E se avolumavam e eu já não conseguia esconder-me , inútil fechar a porta, pois elas não ficavam para trás: escorriam pelas frestas, atravessavam a fechadura sem permissão, e jorravam enquanto eu me deixava naufragar, me vendo sangrar sem ninguém que me pudesse salvar. Mas as palavras vermelhas se foram, vítimas de um redemoinho louco que elas mesmas criaram, e eu fiquei sentada vendo-as girar e girar até que sumissem no horizonte.

As palavras mais escuras estão sempre à espreita. Tem o tom das noites sem estrelas no céu. Agitam-se, abaixo dos meus pés de ilhas, e piso com cautela para que lado for. E quando a maré se avoluma, às vezes alcançam os meus joelhos, e quando desespero por sentir-me encharcar delas por todos os lados da ilha, percebo que um azul celeste está acima a me dizer que a cor escura e movediça não me conseguirá atingir mais que os pés. E então meus olhos escorrem das palavras azuis-celeste. E tão claras são que não consigo pensar em mais nada nem olhar mais baixo que elas. E vejo como todas as palavras azuis-celeste juntas formam na verdade as manhãs mais claras. E ao me dar conta disso lembro das palavras negras, olho para baixo mas já estas secaram com tamanha claridade, e o azul e sempre o celeste azul a estranhamente me fascinar.

Existe também a cor do vento. Existe sim. E as palavras da cor do vento são as minhas preferidas. Elas vão onde eu quero, sem pedir muita explicação: dispensam toda forma! Elas vão, esfriam as noites, chegam pelas janelas onde quero que cheguem, e eu vejo que podem sacudir cabelos, ventilar lembranças que não se entende a razão: eu as mandei. Mas elas também chegam a mim, de todos aqueles que quero bem, do vento que não percebem que mandam vir até mim, e vem. Às vezes chega forte, outras vezes como uma brisa doce, suave. E não sabem que toda a minha tagarelice é feita de palavras cor do vento. E sem que se diga qualquer coisa, as pessoas que sabem a língua dos ventos a vêem em mim, quando me olham. E eu sei que esse vento vai trazê-las sempre aqui, quando nos vemos sós num mundo de cegos dormentes, porque estamos todos do lado de cá das palavras cor do vento.


As palavras verde-musgo me trazem sensações estranhas. Árvores que se estendem sem pressa de acabar, querem cobrir a tudo, querem fazer um céu de folhas. Uma noite numa estrada amazônica de barro e poeira, cheiro ruim de ônibus velho e silêncio da floresta. Acho até que a palavras floresta fez nascer todas as palavras verde-musgo. Não pode sentir essa palavra quem jamais esteve numa, como estive na Amazônia. Fato é que o silêncio nunca se mostrou tão falante quanto naquela noite de poeira nas narinas e ônibus quebrado na madrugada, guardando pessoas irritadas, outras nervosas. Ouviu-se uma voz pintada de manchas negras, e alguém grita que é uma onça. Mas enquanto todos gritavam eu crescia como o silêncio, eu era o eco daquele grito de fera no escuro mudo da floresta imensa.

E foi então que amanhecendo, por fim, fotografei para sempre nos olhos um pântano cuja palavra nem sabe dizer sobre ele. Mas o cheiro sim. O cheiro daquele pântano estático não se sabe há quantos anos, e de todas aquelas plantas que tentaram emergir do lodo mas só conseguiram dizer ao cheiro de pântano que lhe pertenciam, forte como a solidão que só um pântano pôde me explicar. Mais à frente haviam córregos que cantarolavam ao tentar seguir seu caminho acidentado de mata.

E foi assim que eu me apaixonei pelo verde-água, quando me dei conta que as águas sempre correm numa velocidade estonteante, mas a nascente do riacho está intacta, no silêncio de alguma rocha esquecida e brilhante.

E eu respiro o verde-água, cujas palavras conseguiram me falar do amor. Porque o amor é na verdade verde-água, e ele escorre. Seja nas cataratas, cachoeiras, rios, córregos, lagos, desembocando no mar, ou mesmo misturando-se com outros rios quando humanos tolos tentam dizer que dois rios não deviam misturar-se. Mas podem, porque as palavras verde-água podem tudo. E quando sinto a alma ressecada elas vêm me dizer que o verde-água evapora, e nesse momento eu as vejo subir por toda parte, de todos os lados, de rios ou poças de lama, de copos amassados e atirados, de roupas estendidas no varal, de goles cuspidos em calçadas de cimento, de lágrimas desperdiçadas, evaporam, evaporam, evaporam.

Lá vêm as nuvens, trazendo de volta o verde-água. Só não me peça pra sair da chuva numa tarde de inverno calmo.







.


(imagem: Renoir, the skiff)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

.












"I saw it written and I saw it say
Pink moon is on its way
And none of you stand so tall
Pink moon gonna get you all

It's a pink moon"









interluna




entre um sopro e um vendaval
há um pântano em cascatas
atropelo-me: aconteço
irradio, desfaleço,
e meu texto original
já é feito de erratas...

desconexo-me
desconheço-me.

sou pacífico interlúnio
devorado por Selene...

sou selva. sou ser.
subjetiva-corrosiva.
sou lua,
sou duas:

duma preciso para viver,
e doutra, para ser viva.









.

domingo, 20 de novembro de 2011

.







" esse silêncio todo me atordoa
atordoado eu permaneço atento
na arquibancada pra a qualquer momento
ver emergir o monstro da lagoa"
















Um silêncio vazio de destinos indesejados, é o que pesa nessas paredes. De sonhos abandonados,por todas as idades agrupadas aqui. De outra parte, sentimentos adoecidos. E dos sonhos que não se pode viver, pros mais jovens. E peço que me perdoe quando já não creio em quase nada. Viver de futuro pode ser uma armadilha ainda pior que viver de passado. Mas a insatisfação com o presente sempre arruma uma ou outra coisa pra se entreter. A esperança não é confiável; algumas vezes é o fio de sobrevivência. Outras, o caminho do desespero. A quietude do vento congela essa tarde quente com o peso de algo contra o qual é inútil se debater. Os dias chegam e passam um a um, todos iguais. E é da natureza humana que seja isso uma das coisas mais difíceis de suportar. Crianças, velhos, todos, não há quem submeta-se facilmente à repetição dos dias indefinidamente, que nos entrega à poeira do tempo, nos fazendo esquecer a capacidade de vida, de transformação, e porque não dizer o dom de destino que há em nós, mas que é tão difícil de conduzir, levando quase sempre à desistência de si mesmo, ao envelhecer precoce dos sonhos, alguns perdidos talvez para sempre.







"você
precisa aprender o que eu sei
e o que eu não sei mais
e o que eu não sei mais..."












.
.


















How many roads must a man walk down
Before you can call him a man?
How many seas must a white dove sail
Before she can sleep in the sand?








.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

.




-Alguma coisa se perdeu.

-Onde fomos? Onde ficamos?

-Alguma coisa se encontrou.
























Que influência pode ter Saturno sobre as almas que rege?
e que mistério deve haver entre nós que nascemos na lua cheia?
Então o homem aceita a influência do universo sobre as águas e plantações, mas é arrogante demais para admitir que é mais uma ínfima parte de um espaço sem fim?! que é só mais um animal, de mais um dos mais uns planetas, dos mais uns sistemas?

Com quantos sóis se faz uma miríade?

Os meus olhos, na infância, perdiam grande parte das manhãs entre as nuvens, e todas as horas possíveis entre o fim de tarde e a hora de dormir, pelo céu...deitada, no quintal ou no telhado, braços abertos...olhos no infinito... hoje, baixos, se concentram no chão, tentando evitar outras grandes quedas, enquanto meu rosto se esforça para atingir o sossego dos que não conseguem ser lidos pelo semblante, pelo olhar.


a prisão dos dias, dos homens, dos objetivos vãos.
porque o planeta todo continua a girar em torno do sol, que é apenas mais um!
e o ocaso continua sendo feito de poucos minutos pelos quais o dia inteiro esperou e se preparou.
quem pode pedir que a lua caminhe mais devagar, e assim passe mais tempo aqui na varanda?

efemérides, efemérides....








.